terça-feira, 13 de dezembro de 2016

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As vezes fingimos que não machuca...

Fingimos que não fomos afetados por aquele acontecimento.

Mas a punhalada foi tão forte que o impacto anestesiou.

Aí quando passa, você vai desabando um pouquinho de cada vez.

E nem sabe como agir porque a única coisa que se quer e chorar 

e acreditar  que foi uma grande piada.

Onde foi parar meu coração de pedra e a minha parede e proteção?   

Se aquiete





Desenho de Fernando Sena




Ela falava, falava muito,

Pra esconder que o silêncio a incomodava.
Mas não do silêncio comum, 
Mas o silêncio que ocupavam as palavras.
Mas as vezes se aquietava e ficava a observar...
O ar, o movimento,
As ações e os sons.
Esse era o momento onde ela podia ser o que realmente era...
Onde sua timidez, medos e desejos podiam se juntar, 
Se revelar e se expressar.
Se aquiete mais menina o olhar revela muito mais que palavras.  

Transparente



Sempre se achou transparente,
Não importa o que fizesse ou como agisse,
Nunca a notavam.
Ela era boa amiga,
Ela era boa companhia,
Ela era boa filha,
Ela era boa aluna,
Fazia muitas outras coisas
Até se ouvia nossa ela fez muito bem...
Mas nunca era o suficiente.
Ela era apenas ela... 
Sem um nome, 
Sem uma historia, 
Só alguém que estava mas era como se não existisse.